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Silvicultura: a importância das florestas urbanas

Áreas urbanas são constituídas de casas, edifícios e shoppings centers, entre outros espaços construídos pela sociedade, mas a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico nas cidades são medidas também pela quantidade de área verde por habitante.

Da pequena comunidade até grandes regiões metropolitanas, as florestas urbanas são constituídas pela soma das árvores que circunda e envolve os aglomerados urbanos — árvores de ruas, praças, parques lineares, áreas de conservação e demais áreas livres de edificação. Tudo isso faz parte do ramo da Silvicultura.

A Silvicultura é a ciência que estuda métodos naturais ou artificiais para efetuar a regeneração de florestas. O campo de estudo da Silvicultura é multidisciplinar e interessa a várias áreas científicas. Destacamos aqui a Ecologia e a Economia.

A floresta urbana ajuda a regular as chuvas permitindo que excesso de água evapore de volta à atmosfera, evitando possíveis situações de inundação. E tem grande importância em vários aspectos, sobretudo porque influencia diretamente a saúde das pessoas — filtrando a poluição (do ar e também sonora).

Árvores ajudam na saúde mental

Além da floresta urbana proporcionar conforto térmico são inúmeros benefícios para a saúde mental. Estudos relatam que o contato com a natureza melhora funções cognitivas e convívio social, diminui sintomas da depressão, melhora a demência e a doença Alzheimer. Também alivia o estresse, melhora o sono, ajuda na redução da pressão arterial e melhoria da função do sistema imunológico e suscetibilidade a doenças.

A floresta urbana tem origem antropogênica, ou seja, ela existe como resultado de ações humanas. E ela só se mantém através da intervenção humana, isso porque precisa ser monitorada de forma constante.

Florestas urbanas ajudam a diminuir a desigualdade

Estudos americanos indicam que morar em bairros sem vegetação pode diminuir a expectativa de vida em até uma década. Assim, a desigualdade no acesso à natureza urbana demonstra desigualdade no âmbito social e na saúde. Por isso, toda cidade deve possuir um plano de arborização que integre as árvores com a vida urbana.

Cada município é responsável pela silvicultura urbana em sua área. No entanto, para maior eficiência, em vários países algumas cidades tem programas de voluntariado para o envolvimento da população. Desta forma, propaga consciência ambiental já que a floresta urbana trata-se de uma necessidade global.

Silvicultura para viabilidade econômica

A silvicultura engloba o aproveitamento, a exploração e manutenção racional das florestas com objetivo de cultivar povoamentos florestais que satisfaçam as necessidades do mercado como aconteceu com o pinus e eucaliptos no Brasil. Trata-se da produção de madeira abundante e barata, de fácil aproveitamento e que deve ser assegurada no futuro.

A silvicultura na produção florestal brasileira tem ajudado a indústria no manejo de recursos para a indústria de papel, celulose, móveis e siderurgia, dentre outras. As empresas têm utilizado técnicas de silvicultura para viabilizar a sua própria produção e contribuir com a preservação do meio ambiente.

Acordo de Paris

Desde 2001 assistimos recordes de aumento de temperatura.
Na região Nordeste do Brasil já houve aumento de 2,5 oC nas últimas décadas. Na região central, cidades como Cuiabá-MT a temperatura à tarde já chega a 42 ºC e a estimativa é que chegue até 48 ºC. Se a temperatura continuar a subir, haverá impactos também na agricultura e na manutenção natural de ecossistemas como o Pantanal e e Floresta Amazônica.

Com o Acordo do Clima, firmado em Paris, em 2015, a meta é conter a elevação da temperatura do planeta em menos de 1,5oC, até 2100. O Brasil assinou o compromisso de reflorestar 12 milhões de hectares até 2030. E o jeito mais eficiente e econômico para melhorar o clima é plantar árvores.

O Acordo de Paris transforma a ação de plantar árvores em atraente modelo de negócio. Isso porque a restauração florestal pode atrair capital para cumprir a meta. Depois que as florestas plantadas como pinus e eucalipto tiveram produtividade ampliada em um período de 40 anos no Brasil, em breve a floresta de árvores nativas (com a permissão de uso de madeiras) estará na visão de investidores. Tomara!

 



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