O fim do plástico: sacolas e embalagens de mandioca e milho
Desde 2014, a empresa de ecotecnologia Avani oferece uma alternativa para combater a epidemia global da poluição por plásticos. Com sede em Bali e planta industrial em Dubai, a Avani desenvolveu um bioplástico compostável revolucionário feito com amido de mandioca. Assim, oferece ao mercado embalagens sustentáveis para alimentos e produtos de hospitalidade. Tudo feito com recursos renováveis e não poluentes como o plástico feito de derivado de petróleo.
Uma das principais qualidades é que as sacolas têm alto desempenho para cargas. Além disso, são seguras para produtos alimentares.
As sacolas denominadas Bio-Cassava Bag são 100% naturais, biodegradáveis, compostáveis, recicláveis, certificadas como não tóxicas. Feitas de mandioca, dissolvem-se em água e provam ser inofensivas se consumidas por animais marinhos. Além de mandioca, há também copos e talheres feitos com papel certificado pelo FSC (Forest Stewardship Council – Manejo Florestal Sustentável) e recipientes feitos com derivadas do amido de milho que se decompõe em compostagem seja ela de forma doméstica ou comercial.
Kevin Kumala, co-fundador e diretor da Avani, declara que tem como missão reduzir o consumo global de plásticos descartáveis à base de petróleo. Ele é um empreendedor com formação nas áreas de biologia, medicina e também gestão de negócios.
Grandes marcas globais como a rede Marriot e a cervejaria Heineken substituíram plástico pelas sacolas de mandioca
A empresa decolou após captar clientes de peso. A Virgin Megastore, por exemplo, está substituindo todas as suas sacolas plásticas nos Emirados Árabes Unidos pelas sacolas criadas e produzidas pela Avani.
As embalagens são certificadas de acordo com os padrões da União Europeia para compostabilidade (EN13432) e foram submetidas ao teste de toxicidade oral pela WIL Research Netherlands. Com a expansão, a Avani abrirá a primeira instalação de produção no Oriente Médio, nos Emirados Árabes Unidos, para fazer as sacolas de bio-mandioca que terão capacidade produtiva de 1,2 milhão de sacolas por mês.
No Brasil, estima-se que 100 milhões de toneladas de lixo plástico são despejados nos oceanos. O país é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11 milhões de toneladas ao ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.
A Santa Luzia Redes e Decoração, autora deste blog, espera que haja soluções para a indústria local para plásticos biodegradáveis que sejam economicamente viáveis para médias e pequenas empresas. Todos queremos contribuir para um mundo livre de plástico. Enquanto isso, reciclamos os plásticos inserindo nos fios de algodão nos nossos produtos como mantas e redes pois praticamos a Economia Circular.
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