Lavar roupas e não poluir oceanos com microplásticos já é possível

Pesquisas recentes de cientistas no Reino Unido concluem que os ciclos das máquinas de lavar afetam a liberação de fibras microplásticas das roupas sendo a função “delicado” a que libera mais resíduos.

O fabricante europeu de eletrodomésticos Arçelik  desenvolveu para o mercado global uma máquina de lavar roupas que pode resolver grande parte do problema. A previsão de lançamento é para 2020. O projeto é inserir no eletrodoméstico um filtro para capturar milhões de fibras e assim impedir que elas entrem nos sistemas marinhos e, finalmente, em nossos corpos (porque afinal comemos os frutos do mar).

A nova tecnologia impedirá que 90% das microfibras entrem nas fontes de água, com a caixa de filtragem localizada na gaveta do detergente filtrando a água antes da descarga.

Para lavanderias ecologicamente corretas

Com sede na Turquia, a Arçelik anunciou a nova máquina na feira de eletrônicos de consumo IFA em Berlim. O que o CEO Hakan Bulgurlu disse que o novo produto  reflete uma nova direção no setor tornando as tarefas da lavanderia mais ecologicamente corretas.

“O que vocês chamam de mudança climática hoje, chamo de catástrofe climática”, disse Bulgurlu, “é provável que cerca de 60% usem fibras sintéticas derivadas do petróleo. Milhões de fibras são jogadas na lavanderia, como descobriram vários pesquisadores, mas governos e empresas de serviços públicos geralmente não têm a tecnologia para capturá-las”, afirmou.

A melhor parte da novidade da empresa Arçelik, que tem presença em mais de 146 países, é que não vai guardar seus segredos corporativos. Ao contrário, vai compartilhar a tecnologia e a experiência da lavadora de roupas em benefício da humanidade. “Se estamos em posição de fazer algo a respeito, precisamos fazer algo a respeito”, reforçou Bulgurlu.

A Arçelik fez alto investimento para desenvolver a tecnologia. A empresa possui 1.500 engenheiros. “Convido e desafio nossa concorrência a usar essa inovação da maneira que desejarem”, disse ele. Empresas, universidades e ONGs são bem-vindas para garantir que o filtro de roupa seja amplamente utilizado em todo o mundo porque temos que parar de poluir os oceanos agora”.

Fonte: https://www.sustainability-times.com